Agora, quem ainda não conseguiu, vai me entender...
O povo está nas ruas protestando contra a corrupção, a roubalheira e a injustiça social.
-Mas, não parece que está tudo tão bem?
-Não parece que o País está caminhando na normalidade?
-As indústrias e o comércio não estão funcionando normalmente?
Cada chefe de família sai para seu trabalho, recebe seu salário no fim do mês, faz suas compras...
-Para que protestos?????
Na verdade, há uma espécie de máfia agindo contra o desenvolvimento do próprio País. Impostos injustos sacrificam o povo, os mais pobres, enquanto os governantes corruptos fazem o que poderia ser chamado de "a festa do boi" brasileiro...
É ai, nesse ponto, que enquadro meus artigos e desabafos contra a atual realidade da Igreja no Brasil.
Eu sei que, se os 40 milhões de evangélicos que há no Brasil, fossem entrevistados sobre a minha posição, em relação ao atual "movimento" da Igreja Evangélica em nosso País, a maioria me reprovaria.
Porque a grande massa de evangélicos age como aqueles brasileiros que, indiferentes à corrupção dos que estão investidos de autoridades, seguem sua rotina diária aguardando, somente, o final do mês.
A hora que houver uma "malha fina" nas instituições religiosas, e essa hora não tarda em chegar, então muitos entenderão, ao tomarem conhecimento da realidade "espiritual" e evangélica, porque me refiro, sempre, à desvios de verba, interesses pessoais e injustiça social.
Quando "essa hora" chegar, e não há de tardar, então, muitos e muitos, supostos pastores, serão revelados como bandidos, por formação de quadrilha e apropriação indébita. Assim como, no caso da Política, quando a verdade triunfar, tantos parlamentares serão revelados como "sujos aproveitadores", ao invés de dignos representantes do povo...
Da maneira que a maioria, dos que são eleitos pelo povo, jamais se candidatariam a cargos públicos se o salário fosse baixo e dentro da normalidade, assim também, se um Governo sério acompanhasse o comportamento das Instituições evangélicas no Brasil, não haveriam tantos registros de criação de igrejinhas, todos os dias.
Pequenas congregações, onde cada uma pertence a um dono só, sem ter nenhuma ligação à qualquer Denominação, Convenção ou Ministério, que saíram de outras maiores, com o sonho de conseguirem, um dia, "entradas" tão altas como as que têm enriquecido, de uma forma, até, escandalosa, surgem a toda hora...
O que mais chama a atenção dos curiosos deste assunto é o fato de que o enriquecimento conseguido, pelo "dono" ou pela comunidade, não serve para ajudar pessoas, famílias que passam necessidades.
-Como poderia um governo corrupto se interessar em investigar sistemas corruptos?
Vou explicar melhor:
Em uma pequena e pacata cidade existem cerca de 200 (duzentas) igrejas evangélicas (Caso real).
Muitas e muitas delas são do tipo citado acima: Uma única, um nome diferente, criação de seu próprio dono, o "pastor"...
Os dízimos e as ofertas são para sustentar o "criador" que, ao ser questionado sobre a situação alega que é tudo para a Obra de Deus...
A compra do terreno, a construção, os aparelhos musicais, o sítio, o carro... É tudo para a Obra de Deus mas, no nome do dono...
E quando o "dono" se encontra impossibilitado, por algum motivo, o "NEGÓCIO" é passado para o nome do filho...
"ISSO NÃO VEM AO CASO!"
Estou certo de que Deus, para esses tais, a Pessoa do Supremo Criador, "deveria estar muito satisfeito com mais um local alugado e comprado para fazer cultos para Ele"...
Não importa se os necessitados não recebem nenhuma ajuda.
Não importa se o dono, do único "local de reunião", leva uma vida regalada...
É por isso que as "mais espertinhas" já evitam "esse tipo de gente pobre e necessitada", nas suas comunidades...
Minha gente! Isso tem que acabar, tem que acabar...
Queremos a Igreja de volta...